Veja a notícia que foi publicada no jornal e depois faça o exercício proposto logo a seguir:
RIO +20 – Brasil inicia estudos para medir
felicidade
Professores da FGV desenvolvem modelo de índice de
Felicidade adaptado à realidade brasileira
Economista Eduardo Giannetti diz que PIB é medida
"rústica" e que aumento de renda pode não elevar o bem-estar
ANDREA VIALLI – Folha de São paulo, 9/4/2012
O que faz um país feliz? O crescimento
econômico conta pontos, mas não é o único fator que contribui para o bem-estar
da população.

O lançamento do "Relatório da
Felicidade Global", em Nova York, reaqueceu a discussão. Coordenado pelo
economista Jeffrey Sachs, especialista em combate à pobreza, o estudo fez um
ranking dos países mais felizes do mundo.
O Brasil ocupa o 25º lugar. Dinamarca,
Noruega, Finlândia e Holanda estão no topo. Entre os menos felizes estão Togo,
Benim e Serra Leoa.
O relatório foi feito com base em
pesquisas de opinião feitas em 150 países e descreve exemplos onde a felicidade
começa a ser medida. É o caso do Butão, na Ásia, que desde 1972 possui um
índice para medir sua felicidade.
Composto por 33 indicadores, a
Felicidade Interna Bruta do país avalia o equilíbrio entre trabalho e horas de
sono, por exemplo. Espiritualidade, moradia e danos ao ambiente também contam.
Outro exemplo vem de Londres, que fez
uma experiência de medição. Os resultados devem sair neste mês.
Medir o bem-estar ganha importância à
medida que crescem as críticas ao PIB (Produto Interno Bruto) como indicador de
progresso.
Para o economista Eduardo Giannetti, do
Insper São Paulo, o PIB é "rústico", pois considera a produção de
riqueza, mas não as condições em que ela é criada.
"Pensava-se que o aumento da renda
traria felicidade. Mas descobrimos que ganhos adicionais não se traduzem,
necessariamente, em bem-estar subjetivo", diz Giannetti.
ÍNDICE BRASILEIRO
No que depender de um grupo de
professores da Fundação Getúlio Vargas, não vai demorar para que o Brasil tenha
o seu índice. Desde o ano passado, os professores Fábio Gallo e Wesley Mendes,
ambos da área de finanças, iniciaram pesquisas para fazer um índice adaptado à
realidade brasileira.
"Não pretendemos reproduzir o
índice utilizado no Butão. O modo como medem a felicidade é interessante, mas o
Brasil tem diferenças importantes", afirma Gallo.
Segundo o professor, aspectos como
educação, saúde, renda, violência e uso do dinheiro devem aparecer no índice brasileiro.
As primeiras pesquisas começam a ser feitas, em cooperação com universidades
como a Buffallo State College (NY).
A expectativa dos professores é que o
índice auxilie o governo na formulação de políticas públicas. Segundo Mendes, o
objetivo é que a Felicidade Interna Bruta seja complementar a indicadores como
o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o índice de Gini, que mede a
desigualdade social.
"Queremos entender quais são os
fatores determinantes para o bem-estar dos brasileiros. Não basta ser a sexta
economia no PIB, é preciso saber se isso nos faz um país mais feliz", diz.
1.
Leia o texto e identifique as principais informações que transmite. Se
precisar de explicações sobre termos ou abreviaturas que não conhece, faça uma
pesquisa na Web.
2.
Escreva,
em poucas palavras, qual é o seu conceito de felicidade ou de uma pessoa feliz
3.
Agora suponha que você faz parte da equipe que vai pesquisar o nível de
felicidade do brasileiro. Sua função é elaborar um instrumento de pesquisa (P.
ex.: questionário, entrevista, etc.)
4.
De acordo com seu conceito de felicidade, que questões você apresentaria
às pessoas que vai entrevistar para determinar seu nível de felicidade?
Justifique suas opções de pesquisa
5. Apresente seu instrumento de pesquisa para a turma
Para
refletir:
A
felicidade seria um ponto ao final de um caminho? Seria o resultado de novas
posses? Como tornar um momento feliz em algo duradouro? Como conciliar a
aspiração de ser feliz com as adversidades e momentos difíceis, naturais na
vida das pessoas?
A sociedade moderna
desenvolveu a noção de que a felicidade é um objetivo tangível e não um
horizonte que norteia nossas ações, colocando, o ter acima
do ser como condição para ser feliz. Seria essa mudança
de conceito mais favorável ao sucesso na busca da felicidade? Ou essa mudança
está dificultando a conquista da felicidade?
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